segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A Parada Gay em São Paulo..:


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A Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Travestis e Transexuais foi fundada em 1999, como uma organização da sociedade civil em defesa da diversidade sexual. Sua missão é lutar por uma sociedade mais justa e inclusiva, que reconheça direitos iguais para todos.A diretoria da Associação é formada por voluntários eleitos, com um mandato de dois anos. Para garantir o cumprimento do estatuto da organização, há um conselho de sócios fundadores. Além desse, um conselho de ética norteia as decisões da diretoria e um conselho fiscal examina suas ações.
A equipe atual, em exercício desde janeiro de 2008, é composta por:
DiretoriaPresidente: Alexandre Santos (Xande)Vice-presidente: Murilo Moura SarnoTesoureiro: Manoel Antonio Ballester ZaniniSecretária: Adriana da SilvaAdjunto de Tesoureiro: Ricardo Gambôa
Conselho FiscalAlessandra SaraivaAnna Paula VencatoEduardo Lourenço da Cunha
Conselho de Sócios FundadoresNelson Matias PereiraIderaldo Luiz BeltrameRenato de Freitas Baldin
Conselho de ÉticaPela diretoria: Murilo Moura Sarno e Reinaldo Pereira DamiãoPelos associados: Cleuser Mari Lemos Alves e Herbert Kazutoshi TsumuraPela Sociedade Civil: Áurea Celeste da Silva Abbade (GAPA)
Secretarias e Grupos InternosLésbicas - Papo de Mina: Cléo DumasTravestis e Transexuais - Terças Trans: Adriana Silva, Alessandra Saraiva e Alexandre Santos (Xande)Gays - Entre Homens: Murilo Moura Sarno
Relações com a Imprensa (assessoria.imprensa@paradasp.org.b) Secretário de comunicação: Cezar Xavier (imprensa@paradasp.org.) Assessor de imprensa: Leandro Rodrigues
leandrordrigues@paradasp.org.br

Associação da Parada do Orgulho GLBT de São PauloPraça da República, 386, sala 22 - CentroSão Paulo - SP - Brasil
CEP 01045-000
55 (11) 3362-8266    

paradasp@paradasp.org.br


http://www.paradasp.org.br


A APOGLBT SP (Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo), é uma entidade civil de direito privado, sem finalidades lucrativas, destituída de natureza partidária ou religiosa, filiada à InterPride (Associação Internacional de Organizadores de Eventos do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros) e à ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais), integrante do Fórum Paulista LGTTB e parceira da ANTRA (Articulação Nacional de Travestis, Transexuais e Transgêneros). Sua trajetória cruza com a das Paradas do Orgulho LGBT em São Paulo, pois, foi fundada em 1999 por um grupo de militantes que, desde 1997, já atuava promovendo a cidadania e a auto-estima dos LGBT através da realização e incentivo a atividades.
O Mês do Orgulho LGBT de São Paulo nasceu a partir da experiência da organização das Paradas e tem agregado mais atividades (Ciclo de Debates, Feira Cultural LGBT, Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, Gay Day) e participantes ao longo do tempo e é ainda hoje a atividade mais visível desenvolvida pela entidade. A Parada do Orgulho LGBT de São Paulo nasceu com o objetivo de visibilizar a população LGBT e suas demandas e a princípio era organizada por uma comissão composta por representantes de vários grupos LGBT de São Paulo. Seu histórico pode ser dividido em três diferentes momentos:
1º - de 1997 a 1999 - Quando a Parada enfoca principalmente temáticas ligadas à visibilidade LGBT e se consolida como manifestação política do movimento. Nesse período a Parada teve um crescimento de 2 mil para 35 mil participantes e foi criada a APOGLBT SP.
2º - de 2000 a 2002 - A Parada passou de 100 mil a 500 mil participantes e tomou por temática principal o desenvolvimento da idéia de diversidade, de modo a não somente visibilizar a população LGBT, mas envolver a sociedade como um todo a partir do conceito de respeito à diversidade. É nesse período que as atividades em torno da parada começam a se multiplicar, de modo a dar origem ao Mês do Orgulho.
3º - a partir de 2003 - Alcançados os objetivos de visibilidade da população LGBT e da participação da sociedade, começa uma nova fase em que a Parada, já plenamente consolidada como manifestação de um campo social crescente, passa a ser utilizada a fim de refletir sobre as demandas da comunidade e como forma de pressão política pelo reconhecimento e garantia efetiva de direitos humanos de LGBT. Nesse período a Parada passou de 1 milhão de participantes em 2003 para 3,5 milhões em 2007, sendo considerada desde 2004 a maior manifestação do gênero no mundo. Em 2005 criou-se uma frente de trabalho composta por vários grupos e ONGs paulistas para visibilizar politicamente as demandas da comunidade nos eventos do Orgulho e pela primeira vez houve um movimento na direção de procurar unificar os temas das Paradas pelo Brasil. No ano de 2006, a Parada de São Paulo comemorou seus dez anos deparando-se pela primeira vez com o “Termo de Ajuste de Conduta" imposto pela prefeitura e sofrendo a ameaça de ser retirada da Avenida Paulista, principal cartão-postal da cidade, e mesmo assim bateu mais um recorde de público, reunindo 3 milhões de manifestantes. Desde então, com exceção da Festa de Reveillon e da Corrida de São Silvestre, é o único evento autorizado a ser realizado no local, o que legitima o reconhecimento de sua importância para a sociedade.
Além do Mês do Orgulho, a Associação realiza desde 2002 outras atividades periódicas. Uma delas é a organização de reuniões temáticas em sua sede, que têm por objetivos a identificação de demandas/necessidades de cada "segmento" da comunidade LGBT, a capacitação continuada e a criação de redes de apoio entre os participantes dos grupos e a redução da vulnerabilidade individual. O mais antigo desses grupos é o de Travestis e Transexuais, criado em setembro de 2002, no mesmo momento em que surgia a Secretaria de Lésbicas. Em outubro de 2003, nascia a Secretaria de Gays como espaço para discussões sobre masculinidades e demandas específicas de homens que gostam de outros homens. Nesse período ainda criou-se o Grupo de Jovens e Adolescentes Homossexuais (JAH - atualmente JA!). Em março de 2004, nasceu o Espaço B, grupo de reflexão sobre bissexualidades.
A partir de 2004, a APOGLBT SP começa a atuar na capacitação de novas lideranças para o movimento, voltando-se para a formação de jovens e adolescentes. Em 2005, começa a investir na produção de conhecimento sobre as demandas da comunidade LGBT, sobretudo com relação à discriminação e violência, a partir de pesquisas realizadas durantes a Parada. No ano de 2006, a APOGLBT SP inaugura projetos de redução da vulnerabilidade frente às DST/Aids fora do período do Mês do Orgulho, com o TOMC (Tenho Orgulho e Me Cuido), voltado para jovens e adolescentes HsH (homens que fazem sexo com homens), e o Saber Cuidar, prevenção e ampliação do acesso a imunização e tratamento para hepatites virais entre LGBT.
Ainda em 2006, investiu também no apoio ao fortalecimento do Fórum Paulista TT, sendo executor fiscal do projeto, e realizou o projeto Rede Cidadã pelos Direitos Humanos de LGBT e PVHA (pessoas vivendo com HIV/Aids), de modo a ampliar a capacidade de atender a demanda por atendimento/aconselhamento jurídico que tem recebido nos últimos anos. A APOGLBT SP mantém ainda um livro de registro de uniões homoafetivas desde 2004, que já conta com cerca de 100 uniões registradas.
Histórico das Paradas em São Paulo
1ª Parada do Orgulho GLT (28/06/1997) – “Somos muitos, estamos em todas as profissões” – 2 mil pessoas.
A "Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas e Travestis", como denominada à época, foi fruto do trabalho dos grupos CORSA (Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade, Amor), Núcleo de Gays e Lésbicas do PT de São Paulo, CAHEUSP (Centro Acadêmico de Estudos Homoeróticos da Universidade de São Paulo), Etc. e Tal, APTA (Associação para Prevenção e Tratamento da Aids), AnarcoPunks e Núcleo GLTT do PSTU. Começou tímida, mas a participação foi aumentando aos poucos com as pessoas que passavam pelas avenidas da cidade; todos se misturaram. Saiu da Avenida Paulista e terminou na Praça Roosevelt. Diferentemente das Paradas recentes, que contam com os famosos e já tradicionais trios elétricos, a primeira foi puxada por um carro, tipo perua Kombi, com uma caixa de som em cima. Por todo o percurso, os militantes revezavam-se ao microfone para discursar e puxar palavras de ordem. A bandeira do arco-íris, nosso maior símbolo, já estava lá.
2ª Parada do Orgulho GLT (28/06/1998) – “Os direitos de gays, lésbicas e travestis são direitos humanos” – 7 mil pessoas.
Em relação à 1ª Parada, a organização melhorou e o número de manifestantes mais que triplicou, provocando mudanças significativas na vida dos organizadores. Foi concluído que, para o ano seguinte seria criado um grupo, no caso, uma associação para organizar as próximas Paradas e outros eventos na cidade. Nascia a Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais de São Paulo.
3ª Parada do Orgulho GLBT (27/06/1999) – “Orgulho Gay no Brasil, rumo ao ano 2000” – 35 mil pessoas.
Maior estrutura e atenção dedicadas à realização do evento, expressadas na criação da APOGLBT SP, traduziram-se no sucesso de público, alçando a Parada de São Paulo ao título de maior manifestação pública pelo movimento já realizada no país. Foi também o primeiro ano em que a sigla GLBT foi usada, dando visibilidade social e política para os bissexuais (B), travestis e transexuais (T). O dia 28 de junho entrou para o calendário oficial da cidade de São Paulo, e a participação do público ultrapassou todas as expectativas naquela tarde de domingo na Avenida Paulista, Rua da Consolação e Praça da República. Pela primeira vez, casas noturnas colocaram seus trios elétricos para desfilar. Também houve caravanas de mais de 50 cidades.
4ª Parada do Orgulho Gay (25/06/2000) – “Celebrando o orgulho de viver a diversidade” – 120 mil pessoas.
Para facilitar a compreensão da sociedade, que até então não se familiarizava com o acrônimo GLBT (Gays Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros – utilizado no Brasil até julho de 2008, posteriormente substituído por LGBT), e a disseminação do tema da Parada, decidiu-se por abranger todos os grupos representados pelo movimento na denominação “Gay”. Dá-se o salto definitivo em termos de número de participantes, visibilidade e estrutura, marcando a Parada como o evento máximo do ativismo atual. Foi o ano do primeiro financiamento estatal obtido pela APOGLBT SP, advindo do Ministério da Saúde. A prefeitura de São Paulo também colaborou com apoio institucional, cedendo parte da infra-estrutura necessária para a realização do evento. Durante todo o mês foram realizadas atividades paralelas bastante diversificadas e, na abertura da Parada, o cantor Edson Cordeiro cantou o Hino Nacional em cima do trio.
5ª Parada do Orgulho Gay (17/06/2001) – “Abraçando a diversidade” – 250 mil pessoas.
Crescendo a cada ano, a Parada contou com a participação de mais de 12 carros em sua quinta edição. Fato importantíssimo foi a participação do provedor de Internet IG, que surpreendeu o mercado ao ser o grande (e primeiro) patrocinador privado do evento, no qual sua logomarca podia ser vista em todo o trajeto. Com a mesma proposta de celebração pública do orgulho, outros eventos passam a fazer parte do calendário oficial: o Gay Day, que aconteceu num grande parque de diversões, e a Feira Cultural, que reuniu expositores e apresentações de drag queens no Largo do Arouche. Nesse ano também a data de realização da Parada foi alterada acompanhando o feriado de Corpus Christi, possibilitando o afluxo de pessoas de outras localidades.
6ª Parada do Orgulho Gay (02/06/2002) – “Educando para a diversidade” – 500 mil pessoas.
A proposta visava firmar a Parada como um espaço que contribuía para o respeito às diferenças e “ensinava” as pessoas a conviver com elas. Nesse ano, houve o maior numero de trios elétricos desde seu início: 25 ao todo. E novamente o publico superou as expectativas, levando a Parada de São Paulo entre as maiores já realizadas no mundo.
7ª Parada do Orgulho Gay (22/06/2003) – “Construindo políticas homossexuais” – 1 milhão de pessoas.
Nesse ano, valorizou-se a proposta de definir claramente as demandas do movimento LGBT. Com esse tema, a Associação trouxe para o debate a necessidade de haver políticas específicas para a comunidade. Travestis e transexuais estavam presentes com um trio elétrico próprio, fazendo a visibilidade do segmento. O grande marco de público colocou a Parada entre as três maiores do mundo, junto com as de São Frâncico (EUA) e Toronto (Canadá). A agência de propaganda Almap BBDO patrocinou parte do evento e a cantora Elza Soares fez o encerramento com um grande show na Praça da República. O jornal Folha de São Paulo, no dia seguinte, ressaltava o sucesso da manifestação e a qualificava como uma “forma de ampliar a democracia”.
8ª Parada do Orgulho GLBT (13/06/2004) – “Temos família e orgulho” – 1,8 milhão de pessoas.
Tendo já conquistado grande visibilidade na mídia e o reconhecimento da sociedade, voltou-se a utilizar o acrônimo GLBT. O tema colocava a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais afirmando sua origem da própria sociedade, ampliando o conceito tradicional de família e exigindo o reconhecimento para os LGBT dentro da estrutura familiar. Mesmo com dificuldades financeiras que atrapalharam a realização do Mês do Orgulho, a 8ª edição da Parada tomou, pela primeira vez, os dois sentidos da Avenida Paulista. Foi o ano em que se tornou a maior do mundo, contabilizando números nunca antes alcançados em uma manifestação política do gênero. O fato fez com que a Parada do Orgulho GLBT de São Paulo fosse registrada no Guinness World Records – O Livro dos Recordes Mundiais.
9º Mês do Orgulho GLBT (29/05/2005) – “Parceria civil, já! Direitos iguais: nem mais, nem menos” – 2,5 milhões de pessoas.
Após o grande marco da Parada anterior, tendo em vista o reconhecimento internacional atingido pelo movimento, tanto pelos governos como pela mídia, a APOGLBT SP decidiu enfatizar as demais atividades ligadas à manifestação, divulgando o conjunto de ações oficialmente como o “Mês do Orgulho GLBT de São Paulo”. Nesse ano, a organização contou com o apoio financeiro do Ministério da Cultura e patrocínio de projetos de prevenção às DST/Aids pelo Ministério da Saúde. A prefeitura de São Paulo também colaborou com apoio logístico ao evento. Com o tema, o movimento cobrou do Legislativo a aprovação do Projeto de Parceria Civil entre pessoas do mesmo sexo, que tramitava no Congresso Nacional há dez anos, expondo a necessidade de se construir uma legislação de garantisse igualdade aos LGBT. No palco montado na frente do Edifício da Gazeta, diante de milhares de pessoas na avenida Paulista, Astrid Fontenelle, Jean Wyllys e Laura Finocchiaro abriram a Parada cantando o Hino Nacional Brasileiro. Com obras do Metrô previstas para a Praça da República, a Parada é dispersada na Praça Roosevelt.
10º Mês do Orgulho GLBT (17/06/2006) – “Homofobia é crime! Direitos sexuais são direitos humanos” – 3 milhões de pessoas.
O tema propunha um amplo debate social a respeito do preconceito e discriminação, incentivando uma série de ações pela aprovação de uma legislação contra a homofobia no cenário nacional, em especial o Projeto de Lei 122/06 de autoria da deputada federal Iara Bernardi, e por políticas públicas que visem o controle e a erradicação da homofobia no Brasil. Nesse ano, o Largo Arouche ficou pequeno para o público da 6ª Feira Cultural: cerca 100 mil visitantes prestigiaram o evento, que incluiu a entrega do Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade Sexual. E apesar das dificuldades envolvendo a autorização para realização da Parada na data e local indicados pela APOGLBT SP, a Avenida Paulista, e as restrições impostas por um "Termo de Ajuste de Conduta" que limitava horário, impedia montagem de palco, exigia que a limpeza das vias públicas fosse feita pela organização e impunha penalidades, tivemos novamente a maior Parada do mundo. Sem shows ou glamour, mas com o apoio de casas noturnas e sites comprometidos com a comunidade e de vários movimentos sociais, tivemos sem dúvida uma das Paradas mais politizadas.
11º Mês do Orgulho GLBT (10/06/2007) – “Por um mundo sem machismo, racismo e homofobia!” – 3,5 milhões de pessoas.
Com o tema, a APOGLBT SP agregou à Mês do Orgulho outras duas manifestações de minorias sociais: a feminista (representada pelo grupo Católicas Pelo Direito de Decidir), e a afro-descendente (pelo movimento da Rede Afro GLBT). O tema serviu para aproximar esses três segmentos na luta contra o preconceito e a intolerância, a favor de um mundo mais justo, livre de ódio. Foi também o ano dos grandes apoios, financiamentos e parcerias: Caixa Econômica Federal, Petrobrás, Ministérios da Cultura, do Turismo e do Esporte, Embratur, entre outras empresas privadas, organizações e coordenadorias. Devido ao seu crescimento de público e evidência, a Feira Cultural GLBT deixou o Largo do Arouche, onde residia desde seu início, e teve sua 7ª edição realizada no Vale do Anhangabaú, onde reuniu cerca 150 mil pessoas (embora a Feira não tenha um público fixo, devido à alta rotatividade durante o período, o que pode significar um número ainda maior) e mais de 100 expositores. O Gay Day também registrou recorde, atraindo 8 mil pessoas ao parque de diversões Hopi Hari, tornando-se reconhecido como o maior evento LGBT privado do país.
12º Mês do Orgulho GLBT (28/05/2008) – “Homofobia mata! Por um Estado laico de fato!” – 3,4 milhões de pessoas.
A APOGLBT retomou o tema de combate à homofobia para reforçar a necessidade de aprovação do Projeto de Lei Federal 122/06 ainda tramitando no Senado, que criminaliza o preconceito homofóbico, dessa vez, atrelado a defesa de uma legislação livre de influência religiosa. As Paradas de Moscou (Rússia) e de Jerusalém (Israel), cujas organizações enfrentam constantemente repressão governamental e de grupos conservadores e fundamentalistas, receberam o Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade Sexual na categoria Internacional. Seus idealizadores vieram pessoalmente ao Brasil para serem homenageados e participar das atividades do Mês do Orgulho. Num acordo inédito, ambas as manifestações tornaram-se “Paradas-Irmãs” à de São Paulo, num gesto simbólico de solidariedade e apoio mútuos para realização de ações de protesto e celebração nas respectivas metrópoles. A Feira Cultural GLBT novamente teve seu endereço alterado, para a Praça da República e em sua 8ª edição, contou com uma programação mais diversificada, que incluiu shows de mpb, rock, música experimental e apresentações de teatro, além das já tradicionais discotecagens, performances de drag queens e a entrega do Prêmio Cidadania, tornando-se um verdadeiro festival cultural e mantendo seu sucesso de público. O Gay Day, dessa vez realizado no Playcenter, fez o parque de diversões estender por mais duas horas seu horário de funcionamento, oferecendo aos seus visitantes um programa especial com DJs, drag queens, e shows de música. Para a Parada, a APOGLBT SP e a Polícia Militar do Estado de São Paulo ofereçam um planejamento de segurança nunca visto antes: foram disponibilizados 1000 policias militares, 300 guardas civis e 320 seguranças privados, dois telecentros para registros imediatos de boletins de ocorrência, além de cerca de 30 UTIs móveis, 46 médicos, 55 enfermeiros e três hospitais de campanha, totalizando 80 leitos. Pela primeira vez, desde sua 3ª edição em 1999, as casas noturnas não estavam representadas com seus trios elétricos, mas, mesmo assim, 21 carros de ONGs, sindicatos, sites e órgãos governamentais garantiram a voz e a música da manifestação – destaque para o trio reservado a portadores de necessidades especiais e o destinado a homenagear as vítimas do HIV/Aids, que fechou a Parada desfilando vazio por todo o trajeto. A Caixa Econômica Federal e a Petrobrás reafirmaram seu compromisso com a diversidade financiando novamente o Mês do Orgulho, em conjunto com o Ministério do Turismo (que teve um trio elétrico próprio na Parada) e a Prefeitura de São Paulo.



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